"Um sábio sempre é um pensador, mas um pensador nem sempre é um sábio."
- Daise Fernandes Silva

- 30 de mai. de 2024
- 3 min de leitura
Em um tempo distante, envolto pelas névoas do passado, surge o despertar da sabedoria e conhecimento entre os sábios e os pensadores. Na alvorada da civilização, os filósofos erguem seus olhares para os céus, buscando respostas nos mistérios da existência. Neste cenário primordial, a filosofia, a razão e a fé dançam em harmonia, entrelaçando-se como os fios de uma tapeçaria cósmica.
No centro desse despertar, encontramos os mestres da antiguidade, como Sêneca, Marco Aurélio e Agostinho de Hipona, cujas palavras ecoam através dos séculos. Suas mentes brilhantes tecem teias de sabedoria, guiando a humanidade na busca pela verdade e pela virtude. Como arautos da luz, eles nos conduzem por caminhos de reflexão, onde a filosofia e a fé se fundem em uma só voz, iluminando o horizonte do conhecimento.
Contudo, à medida que os séculos avançam, surgem novas vozes entre os corredores da história. São os visionários destemidos, os rebeldes do pensamento, que desafiam os dogmas estabelecidos e ousam questionar as próprias fundações da fé. Entre eles, destacam-se nomes como Descartes, Kant e Nietzsche, cujas ideias ressoam como trovões nos céus serenos da tradição.
Com passos firmes, esses filósofos lançam-se em um território desconhecido, onde as sombras da incerteza e do ceticismo espreitam em cada esquina. Como alquimistas da mente no quesito transformação, transformam milhares de pensadores e não pensadores em questionadores insatisfeitos com a fé, o que infelizmente, ao contrário do que muitos pensam, não se tornou ouro do conhecimento, e sim a retirada do ouro de todo conhecimento humano. O resultado do que vivemos hoje é prova disso, um resultado fracassado de achar que a sabedoria que eleva o homem vem dele mesmo produzido por si só. O enfoque brutal em querer em cada conceito tirar Deus e a fé da humanidade fez surgir um novo tempo, erguendo pilares de uma nova era filosófica.
Nesse contexto de transformação e descoberta, somos confrontados com perguntas essenciais sobre a natureza da existência e o propósito da vida. As fronteiras entre o sagrado e o profano, o divino e o humano, tornam-se borradas, convidando-nos a explorar os abismos do pensamento humano com uma rebeldia confundida com coragem e curiosidade.
Entretanto, mesmo diante das sombras que se erguem no horizonte, não devemos perder de vista a luz que nos guia. Ética e responsabilidade devem acompanhar nossos passos, lembrando-nos de que cada palavra e cada ideia têm o poder de moldar o destino da humanidade. Devemos ser guardiões da verdade, honrando o legado daqueles que vieram antes de nós e inspirando aqueles que virão depois.
Assim, em meio às marés turbulentas da história, buscamos o equilíbrio entre mistério e clareza, entre a busca pela verdade e o respeito pela diversidade de perspectivas. Pois, no grande palco da filosofia, somos todos atores em uma peça sem fim, onde cada cena revela novos horizontes de compreensão e cada palavra ressoa como um eco eterno no tecido do universo.
No entanto, ao analisar a história, comparando as gerações, sociedades, culturas e comportamentos, é inegável a decadência do pensamento baseado apenas no materialismo e humanismo.
Quando o ser humano busca o conhecimento apenas na obscuridão do seu ser, o que se tem são apenas informações, questionamentos sem respostas. Agora, quando o ser humano busca o conhecimento reconhecendo sua pequenez diante do uiverso e com humildade, gera SABEDORIA.
Talvez seja essa que esteja faltando nos dias de hoje.
Daise Fernandes




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